Cientistas da Universidade do Colorado descobriram que a água que vai do Atlântico Norte e deságua no Ártico está em seu nível mais quente dos últimos dois mil anos. O derretimento do gelo causado pela temperatura da água vem forçando ursos polares a nadar distâncias cada vez maiores para encontrar um lugar para descansar e caçar.
Os cientistas temem que os picos de temperatura podem levar a um Ártico sem gelo nos próximos anos (ver notícia do Cosmos, neste blog sobre pesquisa da NASA) . Essas mudanças também poderiam causar a elevação do mar em todo o mundo e mudanças drásticas para o ambiente, segundo os pesquisadores.
Os pesquisadores descobriram que há 2 mil anos a temperatura da água do Ártico era em média 3,4ºC, mas que agora subiu para 5,2ºC. Algumas temperaturas do verão foram ainda maiores, atingindo 6ºC às vezes.
O efeito tem sido evidente e acentuada - de acordo com a Universidade do Colorado o nível de gelo no Ártico ficou entre o mais baixo registrado em 2009. Além disso, entre 1979 e 2009, uma área maior do que o Estado do Alasca desapareceu.
O co-autor do estudo, Thomas Marchitto disse que o estudo não prova necessariamente se a mudança é causada pelo homem, mas afirma que este é um evento incomum.
A história recente de um urso polar que nadou constantemente durante nove dias e percorreu 687 km tem sido citada pelos observadores como um sinal do perigo devido ao derretimento do gelo. O animal completou a incrível façanha no mar de Beaufort, no Alasca (EUA), mas o seu filhote não conseguiu.
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